Isolamento acústico para quartos: qual a melhor opção?
Pelo menos uma vez por semana recebemos pedidos de orçamento para realizar o isolamento acústico de um dormitório. Com briefings muitas vezes confusos, as pessoas não entendem qual é o problema e muito menos o que precisa ser feito.
Então, respondendo ao título deste artigo, qual a opção mais eficiente para o isolamento acústico de um dormitório? Como tudo em acústica, a resposta é: depende. Sem uma medição no local fica impossível diagnosticar qual é o elemento de partição deficitário, aquele por onde a maior parte do som está passando.
Quais são os tipos de isolamento?
Em geral podemos pensar em quatro diferentes abordagens: isolamento acústico do teto, isolamento acústico do piso, isolamento acústico das paredes e isolamento acústico da fachada. Na grande maioria dos casos de quem vive em grandes centros urbanos o problema é com o ruído externo, dessa forma, deve-se isolar acusticamente a fachada. Nesses casos, a esquadria é normalmente o ponto fraco do sistema. Com algumas medições de nível de pressão sonora é possível definir qual é a melhor maneira de melhorar o isolamento acústico, se é necessário trocar toda a janela, trocar apenas os vidros, ou soluções paliativas como janelas de sobreposição ou cortinas acústicas bastam. Porém quando o problema são os vizinhos a investigação deve ser mais criteriosa, pois tanto paredes quanto teto e piso, podem ser os responsáveis pela transmissão sonora.
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Para ruídos de impacto (sons de passos ou arrastar de móveis), a melhor opção é convencer o vizinho de cima (se for ele a fonte de ruído) a realizar um tratamento acústico no piso, para, dessa forma, o som não ser transmitido com tanta facilidade através dos elementos construtivos. Não sendo possível intervir no apartamento vizinho, melhorar o isolamento acústico do forro pode ajudar, porém não será a solução definitiva e pode ser que o incômodo persista.
E quanto aos outros tipos de sons?
Já para controlar sons aéreos que venham de dentro do edifício (conversas, música alta ou qualquer som transmitido pelo ar), reforçar os sistemas de forros e paredes é o ideal. Isso pode ser realizado através da instalação de lãs minerais em conjunto com sistemas de drywall ou com materiais mais robustos, como construção de paredes duplas ou paredes mais espessas e pesadas (nesses casos é necessário consultar um engenheiro civil para verificar a viabilidade do projeto), e, se for preciso, utilizar isoladores de vibração como molas helicoidais para diminuir a transmissão sonora de baixas frequências.
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Além disso, realizar o tratamento acústico de todos os elementos de separação de um mesmo ambiente proporciona grande poder de isolamento acústico, o que é ideal para quem precisa de um cômodo com privacidade total, como, por exemplo, consultórios de psicologia ou salas de diretoria. Ademais, a norma ABNT NBR 15.575 define os critérios de desempenho acústico para unidades habitacionais. Isso significa que se o edifício foi construído após o ano de 2013, a construtora tem responsabilidade de entregar residências com critérios mínimos de desempenho acústico. Nesses casos, um profissional de acústica pode ser contratado para realizar os ensaios de desempenho acústico e avaliar se os critérios atendem ou não a norma NBR 15.575.
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