Espuma acústica: quando especificar?
A busca pela criação de ambientes acusticamente confortáveis é uma preocupação crescente em diversos setores, desde espaços residenciais até complexos comerciais e industriais. A compreensão dos princípios fundamentais de acústica, da propagação sonora e de como as reflexões do som alteram as características da sala é essencial para a especificação dos materiais adequados. De fato, a especificação do material certo desempenha um papel crucial no êxito deste objetivo.
Entre os diversos materiais disponíveis para o condicionamento acústico de ambientes, as espumas acústicas têm se destacado não apenas pela sua eficácia, mas também pela sua versatilidade e facilidade de aplicação.
Ao compreender os mecanismos de absorção sonora e as características únicas das espumas acústicas, os profissionais podem tomar decisões importantes durante o processo de projeto e instalação, garantindo ambientes que promovam o conforto acústico e o bem-estar dos ocupantes.
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Então para que serve a espuma acústica?
Em termos de acústica, devemos considerar que a onda sonora incidente sobre o material irá tentar se propagar através dele. Sabendo desse fato, a especificação correta do material deve ser feita sabendo o tipo de som que deverá ser controlado.
As características físicas do material são de extrema importância, visto que tipos de materiais diferentes devem ser especificados para controlar as reflexões de diferentes frequências. Uma espuma acústica é um material do tipo poroso. Os poros do material irão dificultar essa propagação, em especial de altas frequências. A resistividade ao fluxo e a porosidade são duas das principais características das espumas acústicas que fazem com que esse material funcione excepcionalmente bem para altas frequências, porém não seja o mais adequado para frequências médias/baixas.
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O que mais é importante levar em conta na escolha do material?
Materiais com a resistividade ao fluxo muito altos são mais reflexivos, visto que a onda sonora não irá conseguir se propagar pelos poros, enxergando o material como uma superfície rígida. Além disso, a espessura do material também é muito importante. Materiais mais espessos conseguem absorver sons com frequências mais baixas, mas sem exagerar. Lembrem-se que materiais porosos são ótimos absorvedores de altas frequências (maiores que 2 kHz) e especificar materiais mais espessos para absorver um pouquinho mais em baixa frequência irá apenas ser um gasto desnecessário, visto que existem materiais próprios para isso como os ressonadores, os absorvedores de membrana ou combinações de placas perfuradas ou ranhuradas com as próprias espumas acústicas.
Desse modo, as espumas acústicas são ótimos materiais para serem especificados quando a sala que precisa ser condicionada acusticamente sofre com reflexões de altas frequências. A facilidade de instalação e a versatilidade desse tipo de material (que pode ter diversas formas e cores) ajuda demais a aumentar a sua popularidade, sendo comum o uso equivocado, ou no mínimo não eficiente, por quem não trabalha com acústica. Assim, para não especificar o material errado, é recomendado um estudo da sala a ser tratada antes da compra dos materiais, para entender quais frequências devem ser controladas.
Sempre tenha em mãos os laudos de absorção sonora dos materiais antes de especificar, mas sabendo para quais frequências cada tipo de material funciona melhor e também quais as frequências devem ser tratadas, tenha certeza que os seus projetos terão um salto de qualidade.
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