Que sonômetro comprar para medir o som segundo a NBR 10151 de 2019?
Essa é a pergunta que muitos profissionais estão se fazendo desde a publicação da mais comentada norma técnica brasileira, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a famosa NBR 10151 na sua versão 2019. Essa norma estabelece o procedimento técnico de medição dos níveis de pressão sonora em áreas habitadas e contempla várias pegadinhas para quem já a utilizava nas versões anteriores. Uma destas pegadinhas é referente ao equipamento que deve ser utilizado para realizar as medições padronizadas. Neste artigo pretendo mostrar o que você precisa considerar ao selecionar um sonômetro para se atualizar ou entrar neste mercado de laudos acústicos. Além de apontar o que é mais importante para você atuar de forma segura e dentro da normativa técnica em qualquer estado do Brasil. Como é um tópico extenso com diversos modelos no mercado, irei mostrar alguns modelos disponíveis no mercado nacional e internacional em um outro artigo em breve.
O que é a NBR 10151
A norma técnica ABNT NBR 10.151:2019 trata de Acústica — Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas — Aplicação de uso geral. Ou seja, ela estabelece nomenclaturas e os procedimentos tanto de operação dos sonômetros quanto os critérios que devem ser utilizados para analisar os dados e emitir pareceres técnicos em laudos que em geral são encaminhados a órgãos públicos como as fundações municipais do meio ambiente ou ainda instâncias do ministério público. Essa versão publicada em 31 de Maio de 2019, veio substituir a versão do ano 2000 que era mais enxuta e simples, em termos de aplicação. Por esse motivo, muitos profissionais e fiscais dos órgãos ambientais estão em processo de reciclagem junto a especialistas em acústica, com o objetivo de falar a mesma língua técnica e ao mesmo tempo adaptar seus relatórios e avaliações de acordo com a nova metodologia. Se você quer saber como usar a NBR 10151 e o que mudou, recomendo esse esse artigo aqui.
Por que sonômetro e não decibelímetro?
O equipamento conhecido como sonômetro, ou ainda medidor integrador de nível de pressão sonora, é um equipamento com eletrônica refinada, de forma que possui ruído elétrico bem controlado e apresenta diversos filtros que permitem realizar operações analógicas ou digitais em sinais acústicos com grande flexibilidade. Os decibelímetros, por outro lado, são equipamentos mais simples que realizam a aferição dos níveis de pressão sonora em certo instante e por vezes não realizam operações matemáticas mais complexas, como por exemplo: médias ao longo do tempo, dados em bandas de frequência, parâmetros estatísticos, dentre outros.
A precisão de medição dos níveis de pressão sonora diz respeito à classe do sonômetro, também chamada de tipo. Entre os equipamentos utilizados em campo, estão equipamentos classe 1, ou tipo 1, que são equipamentos de grande precisão (+ ou – 0,7 dB) e também os equipamentos classe 2, ou tipo 2, que apresentam menor precisão (+ ou – 1,0 dB). Esses equipamentos, se fabricados antes de 2002, deveriam atender às normas: IEC 60651 e IEC 60804, as quais foram canceladas.
Atualmente o conjunto do sonômetro com microfone e calibrador deve atender às seguintes normas eletrônicas:
- IEC 61672-1 Electroacoustics – Sound level meters – Part 1: Specifications
- IEC 61672-2, Electroacoustics – Sound level meters – Part 2: Pattern evaluation tests
- IEC 61672-3, Electroacoustics – Sound level meters – Part 3: Periodic tests
- IEC 60942, Electroacoustics – Sound calibrators
- IEC 61094-4, Measurement microphones – Part 4: Specification for working standard microphones
- IEC 61094-5, Electroacoustics – Measurement microphones – Part 5: Methods for pressure calibration of working standard microphones by comparison
- IEC 61094-6, Measurement microphones – Part 6: Electrostatic actuators for determination of frequency response
- IEC 61260-1, Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave-band filters – Part 1: Specifications
- IEC 61260-2, Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave-band filters – Part 2: Pattern evaluation tests
Eu sei que, averiguar se os equipamentos atendem a todos os pré-requisitos desta lista extensa é difícil, sendo assim, vou tentar simplificar a sua análise. Imagino que estejas procurando por um equipamento de forma que você deve fazer as perguntas certas aos teus fornecedores.
IEC 61672 atendimento em todas as partes
O primeiro passo é procurar equipamentos que atendam a IEC 61672 em todas as suas partes e isso é uma dor de cabeça para muitos, inclusive para mim. Digo isso porque já fui cobrado por entregar um laudo e em alguns dias depois da NBR 10151:2019 ter entrado em vigor, ocorreu uma devolutiva da fundação do meio ambiente questionando justamente esse ponto. Vejam que o problema é mais complexo do que parece e dá certa insegurança técnica no mercado nacional, de forma que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
O que quero dizer com isso é que a segunda parte da IEC 61672 refere-se à validação do modelo, ou seja, se avalia um conjunto de sonômetros em um laboratório especializado de forma que eles apresentem resultados padronizados e que com isso se tenha um produto que possa ter qualidade similar em todo o lote de produção. Entretanto, no Brasil NÃO HÁ QUALQUER LABORATÓRIO REGULAMENTADO QUE APLIQUE A IEC 61672-2 e que entregue ao fabricante do sonômetro um certificado de acordo com essa IEC. Essa questão está em voga no momento em que estou redigindo esse artigo e inclusive está se avaliando a possibilidade de criação desta regulamentação junto aos órgãos de metrologia e o governo, que permita então aos fabricantes brasileiros se regularizar para dar mais segurança aos consultores e técnicos que aplicam a NBR 10.151. Segundo o Inmetro, através do chefe do Laboratório de Eletroacústica – LAETA, o Dr. Zemar M. Defilippo Soares, essa regulamentação federal seria a única saída para a aprovação de modelo de sonômetros no Brasil.
Outro ponto agudo desta discussão é que as aprovações de modelo realizadas por laboratórios internacionais, como o famoso PTB da Alemanha, não são reconhecidos no território nacional devido à falta de acordo mútuo entre os países para aprovação de modelos de sonômetros. Portanto, se você tiver um equipamento internacional que atende a IEC 61672-2 com certificado emitido pelo PTB, teoricamente esse equipamento não é reconhecido pelos órgãos metrológicos brasileiros, de forma que não poderia ser utilizado no mercado nacional. Por outro lado, se você tem um equipamento fabricado no Brasil e que nunca foi testado usando a IEC 61672-2 em território nacional, então teoricamente, esse seu equipamento também não atende à NBR 10151: 2019. Por isso digo que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
Enquanto isso, a insegurança técnica apresentada por esse conflito de normas e regulamentações está deixando os consultores e entrantes no mercado de cabelos em pé. E você, prefere comprar um equipamento nacional ou internacional tendo em vista essa questão? Coloque seu comentário abaixo.
Adquiro um sonômetro classe 1 ou classe 2?
Vamos lá, uma coisa que eu sempre digo nos cursos da NBR 10151:2019 é que o equipamento é um instrumento de trabalho e cada pessoa fará um uso diferente dele. Dentre os profissionais que trabalham com acústica temos, consultores particulares, empresas de projeto, de segurança do trabalho, escritórios de arquitetura, pequenas indústrias, órgãos de fiscalização do meio ambiente, entre outras entidades com atribuições que englobam disciplinas ligadas à engenharia acústica.
Se você for um técnico de segurança do trabalho, entrante no mercado, fiscal do meio ambiente ou ainda arquiteto, sugiro que você opte por um equipamento de classe 2 que seja robusto e que de forma geral, atenda a todos os métodos da NBR 10.151. Apesar da menor precisão, esse equipamento já dá uma boa aferição do que é encontrado em campo e permite diagnosticar e quantificar os problemas mais evidentes.
Se você for um consultor em acústica, biólogo, engenheiro civil, sanitarista, mecânico, eletricista, acústico ou outro com atribuições comprovadas de acústica em seu currículo, eu recomendo partir para um sonômetro classe 1. Essa questão de precisão é importante, mas no fim das contas os equipamentos classe 1 apresentam valores mais elevados e lembre-se que se o seu sonômetro for classe 1, o calibrador também deve ser classe 1. Isso é análogo ao requisito do sonômetro classe 2 que deve utilizar o calibrador classe 2 para realização do ajuste de calibração em campo. Fique atento também com a questão do ensaio de estabilidade, que deve estar contemplado no certificado de calibração do sonômetro conforme a IEC 61672-3.
Que módulos são necessários?
No contexto de medições pontuais, que são realizadas por curtos intervalos de tempo, em diversos locais no entorno dos empreendimentos e das fontes sonoras avaliadas, existem dois métodos descritos na norma NBR 10.151:2019: o método simplificado e o método detalhado. Entretanto, há um método oculto que se refere à medição em uma edificação onde o ambiente é fechado, sem existência de esquadrias ou sem a possibilidade de abertura das mesmas. Vou abordar o que é necessário em termos de software do sonômetro para atenderes em plenitude esses 3 métodos, entretanto, se for abordar todos os detalhes de aplicação, teria que escrever vários parágrafos. Portanto, vou deixar para você aprender conosco em nosso curso ao vivo e à distância tudo referente às medições e avaliações. Na sequência vou falar também do segundo tipo de medição que é o monitoramento contínuo.
Terço de oitava
O primeiro módulo necessário é o de bandas de frequência em terço de oitava e em oitava. Se você realmente quer atender todos os métodos, precisa ter a possibilidade de trabalhar em três modos distintos com seu sonômetro, com bandas de ⅓ de oitava para avaliações tonais, com bandas de oitava (1/1) de forma a obter dados que permitam adquirir as curvas NC na condição de som residual e som total, e por fim o módulo de valores globais que apresenta o nível de pressão sonora ponderado correspondente a todo o espectro de frequência. Os valores globais podem ser usados nas avaliações usando o método simplificado e também o detalhado na condição de aplicação de penalizações correspondentes ao som impulsivo e tonal. Então não tem como fugir das bandas de ⅓ de oitava desta vez, e para isso você tem que saber como calcular os valores globais com base nestes valores em cada banda de frequência. Neste caso fique atento ao atendimento à IEC 61260.
Fast Fourier Transform
O módulo chamado de FFT é um módulo avançado que apresenta os valores medidos ao longo do tempo em bandas de frequência estreitas, ou seja, com um grande refinamento dos resultados para análises profundas da característica do som medido. Esse módulo não é essencial para a aplicação da NBR 10151, embora para consultores mais experientes pode ser bem interessante. Na verdade toda medição já passa por esse processo de transformada do sinal do tempo para o domínio da frequência através da FFT, mas esse módulo é anunciado pelos fornecedores no caso de realmente funcionar como um analisador de espectro em tempo real ou que ainda permite avaliar tal espectro médio ao longo do tempo, ou em cada tempo de integração configurado.
Descritores Estatísticos
Os descritores estatísticos são necessários em alguns contextos bem específicos, como na impossibilidade de medição do som residual. Esses casos são mais frequentes quando há indústrias de grande porte com 3 turnos ininterruptos, de forma que qualquer parada da fábrica representa prejuízos consideráveis, e por conta disso os industriais não permitirão a parada do negócio para aferir o ruído que ele gera. Somente em casos similares a esse, eu recomendo a aquisição de um sonômetro com tais módulos. Digo isso porque não foi padronizado um método que utilize esses descritores na norma NBR 10151.
Ponderações no tempo e na frequência
Esse é um módulo essencial de forma que você precisará usar descritores acústicos com ponderações no tempo (Fast, Slow e Impulse) e ponderações na frequência (A, B, C, D e Z). Os descritores mais usuais são os ponderados em ‘Fast’ e em ‘A’. Para saber mais detalhes sobre eles, eu recomendo um estudo sobre o nosso mecanismo de audição humano. Somos seres com percepções muito distintas dos sons em relação aos capturados pelos microfones e esse conteúdo é essencial para entender a subjetividade do som.
Devido a diversos fatores, o que realmente chega no nosso ouvido interno e cérebro é algo muito diferente do que chega à membrana de um microfone de medição. Algumas ponderações como a ‘B’ e a ‘D’ são desnecessárias, neste contexto de medição de baixos níveis de pressão sonora que correspondem ao ruído ambiental do nosso dia a dia, até porque não estão contempladas na NBR 10151.
Registros no tempo e gravação do áudio
Essa funcionalidade é bem interessante no contexto de ruído ambiental, entretanto, eu acredito que ela seja desnecessária no âmbito da norma em si. Alguns fornecedores chamam isso de “data logging” e basicamente é uma representação gráfica dos dados no domínio do tempo. Para algumas aplicações, onde seja realmente interessante citar cada um dos eventos sonoros, como no caso de monitoramento contínuo, pode ser necessário evidenciar cada período e seus valores equivalentes. Entretanto, para medições pontuais você precisará identificar os descritores acústicos e fazer uma leitura desses dados de forma tabelada.
Digo isso com certa ressalva, visto que eventos impulsivos seriam melhor identificados em um gráfico de nível de pressão sonora no tempo, entretanto, essa informação de ocorrência de um evento impulsivo pode ser algo que você, durante a medição, terá tomado nota para documentar no campo de comentários da medição. Portanto, um evento impulsivo ou mesmo um som intrusivo, pode ser claramente identificado em um gráfico no tempo e com isso, avaliado ou ainda excluído do cálculo. Mas se tiveres o cuidado de evitar sons intrusivos nas medições e não tiveres um “data logger”, muito provavelmente a qualidade do seu laudo será igual a de quem tem um “data logger”, visto que vais analisar os parâmetros de LAFmax em comparação com o LAeq, por exemplo, para avaliar a ocorrência de eventos impulsivos.
Módulos processamento dos resultados
Em geral esses módulos são instalados no seu computador e não no sonômetro em si. Eles te permitem pegar resultados em certas bandas de frequência e calcular ponderações, gerar gráficos de diversos descritores, ou ainda, realizar outras análises alterando os pontos iniciais e finais de cálculo das médias. Eu particularmente, criei minha própria planilha automatizada que já me dá os valores ponderados e já classificados conforme utilização atual de nomenclaturas da NBR 10151. Portanto, apesar de muitos fornecedores oferecerem módulos com interfaces bonitas e funcionais, no fim das contas você terá que trazer esses dados para tabelas e dar nome aos bois. Ou seja, dizer que tal descritor corresponde a uma certa condição de medição na presença ou ausência da fonte sonora que você está avaliando. Se você quiser conhecer essa planilha que eu criei, adquira ela neste link.
Outras considerações
Campo livre e difuso
Os microfones de medição apresentam características de captação sonora distintas, dependendo do tipo de ambiente no qual eles estão inseridos. Se o seu equipamento permite um ajuste das características do microfone em relação ao campo no qual ele está inserido, isso irá te dar uma correção que permite avaliar os casos internos e externos a edificações sem influências negativas. O que quero dizer é que o seu sonômetro deve ser capaz de ter correções ao utilizar protetores de vento, além de deixar claro que há correções para o uso em campos difusos (internos à edificações) e em campos livres (locais abertos e sem influência de superfícies refletoras).
Conexões auxiliares
Alguns modelos apresentam diversas conexões que abrangem interfaces de rede, industriais, USB, wi-fi, bluetooth, cartão SD e outras que permitem gravar os resultados ou ainda transmitir os mesmos de forma rápida. Esses acessórios não são determinantes para a qualidade do seu laudo, mas permitem a você transferir informações ou ainda manipular seu equipamento remotamente. Cada tecnologia traz um benefício e com ela complexidade que pode te sugar uma parcela de tempo. Então, as vezes é melhor ter menos e entregar o serviço para sobrar tempo e dinheiro para investir no seu relacionamento com o cliente.
E agora qual vou escolher?
Imagino que agora você esteja com mais dúvidas do que certezas sobre qual equipamento irá adquirir para atuar com a medição dos níveis de pressão sonora usando a NBR 10151. Mas espero que você tenha colocado na balança alguns dos itens essenciais e o que realmente deve ser considerado antes de investir um bom valor neles. Tenho observado equipamentos que vão desde R$ 13.000,00 até cerca de R$ 60.000,00, de forma que são praticamente analisadores de sinais digitais. Mas para investir esse valor considere o que estou sugerindo neste artigo e me acompanhe nos próximos que virão, pois pretendo abordar alguns modelos de equipamentos de forma imparcial. Nosso objetivo do Portal Acústica é justamente te dar conhecimento para você exercer suas escolhas com consciência. Veja que não abordamos em detalhes os requisitos para sistemas de monitoramento contínuo, entretanto, pretendemos falar deles em detalhes e em breve aqui no blog.
Nos vemos do outro lado do Portal, quem sabe em nossos cursos mensais que estão com as vagas abertas para inscrição através deste link.
Olá. Um pormenor muito importante nos ensaios in situ de acústica de edifícios é a capacidade de utilizar o método impulsivo (balões, tiros de pistola de alarme, etc) para medir o tempo de reverberação. Há vários equipamentos que não o permitem, por exemplo o Rion NA-27(diz que sim mas não) e NA-28 (já nem refere). Assim não é necessário transportar a fonte sonora para o recinto receptor (tempo e esforço físico), e resultados melhores ! Fiquem bem.
Interessante colocação Sr. Paulo Valério. Neste artigo nos valemos da NBR 10.151 que permite uma avaliação simplificada no tempo de reverberação, mas no caso de uso do método de engenharia seria interessante usar uma medição do tempo de reverberação usando técnicas mais avançadas. Neste caso cabe o seu comentário que é foi super útil para potenciais usuários destes equipamentos. Obrigado e continue nos acompanhando e comentando…
Parece que já existe um equipamento sendo vendido que atende a NBR 10151:2019.
https://www.hiseg.com.br/p/452/medidor-de-nivel-sonoro-digital-modelo-octava-plus-atende-a-nbr-101512019/t/3
Não sei se já tinha avaliado esse equipamento.
Prezado Heric,
agradeço a indicação. Pelo que nos consta o Octava Plus ainda não apresenta validação do modelo segundo a IEC 61672-2, portanto, não atende integralmente à norma. Entretanto, como falamos no artigo, não há infra-estrutura brasileira que permita a validação do modelo de sonômetros no Brasil. Portanto, recomendamos considerar tais questões antes de optar por um equipamento ou outro.
Agradecemos o comentário.
Esse equipamento é péssimo. Não registra o áudio nem da a possibilidade de pós processamento. Além disso, só é possível observar a média espectral de toda a medição, não sendo possível uma análise espectral.
Fui enganado pelo setor técnico e comercial da própria Criffer. Estou esperando só a resposta do Procon.
Resolveu a situação? Eu sugeri ao setor técnico da criffer inserir um registro de LAFmáx juntamente com cada registro de Laeq para poder tratar os dados posteriormente, pois sem o LAFmax em cada LAEQ, eu não tenho como saber se houve som impulsivo, pois o aparelho só registra 1 Lafmax…triste isso
Bruno, você já obteve resposta?
Estou tendo o mesmo problema.
Não atende a Nbr 10151 e10152 nos 03 quesitos.
Comprei um e vou ter que requerer na justiça a devolução.
Os equipamentos classe 2 possuem certificado de modelo? mesmo sendo importado?
Olá Ilton, obrigado pela pergunta. Tudo vai depender do fornecedor. Pode ser que ele tenha feito certificado de modelo, mas os fabricantes brasileiros até o momento não apresentaram nenhum equipamento com tal certificado, seja classe 1 ou 2.
Abraço!
Olá, venho acompanhando o blog a algum tempo e parabenizo pelo conteúdo. Tenho tido dificuldades em encontrar os equipamentos mais recomendados hoje em dia, já que nenhum atende de fato à NBR na íntegra. Quais vocês indicam que podem ser adquiridos?
Oi Marlon, recomendamos algumas marcas nos nossos cursos particulares à distância e ao vivo, mas não aqui pelo Blog porque o modelo depende da tua necessidade e gostaríamos de ser imparciais em relação à sua escolha pessoal. Tudo vai depender das normas que você deseja atender. Confira esse e-book para levantar tuas necessidades primeiramente: https://conteudo.portalacustica.info/guia-sonometros
Agradecido pela compreensão. E espero que ajude…
Bom dia.
A aplicação do método simplificado pode ser feita para análise de ruído de áreas, antes da instalação de empreendimentos (Para estudos de impacto de vizinhança, por exemplo)?
Nestes casos, pode-se utilizar o MNPS que era usado para a versão anterior da norma?
Obrigado.
Olá, sim daria para fazer uma inspeção por método simplificado para avaliar o entorno. A norma diz que para laudar você precisa de um sonômetro adequado à ela, então recomendo você atualizar o seu equipamento.
Abraços,
Pablo Serrano
Boa tarde!
Trabalho em um orgão público e o MP sempre solicita medições em ambiente externo, estou utilizando o DEC 5010, gostaria de saber se este equipamento posso utilizar, ou como comentado anteriormente nenhum sonômetro atende na integra a NBR10151/19
Boa tarde Éverton Luís de Souza. Analisei a ficha técnica do equipamento, ele é um equipamento de classe 2. Ele pode ser usado para medições em ambiente externo, porém realmente ele não atende na íntegra a NBR 10151 2019, pois não é possível caracterizar som tonal com esse equipamento devido à falta dos filtros de banda de 1/3 de oitava. Espero ter ajudado, nos vemos do outro lado do portal.
Atenciosamente, Sidney Volney Cândido, monitor do Portal Acústica.
Bom dia Sidney Volney, tenho utilizado o DEC 6000 com GPS calibrado para 1/1 de oitava e 1/3 de oitava em tempo real, equipamento é classe 2. O que me diz a respeito ?
Prezado George,
gostaríamos muito que a indústria nacional apresentasse um instrumento que atendesse a todos os requisitos desta norma técnica nacional, entretanto, esse e todos os outros equipamentos nacionais que temos conhecimento não possuem a aprovação de modelo determinada pela IEC 61672-2, portanto, não há no Brasil instrumento nacional (que tenhamos conhecimento) que atenda plenamente a norma técnica.
Abraços,
Pablo Serrano – CEO do Portal Acústica
Boa tarde, mas exceto no que se refere a aprovação do modelo, no que se refere a os demais requisitos, o DEC 6000 atende a NBR?
Prezada Nathália,
entendemos que se o sonômetro não atende qualquer dos itens da norma técnica ele não pode ser usado para laudos profissionais. Agradecido pela pergunta.
Att,
Pablo Serrano – CEO do Portal Acústica
Se ele não atende nenhum outro atenderá, nem mesmo importado e aprovado pois nenhuma certificação internacional é aceita no Brasil, desta forma, comprando um que custa R$7000,00 ou um que custa R$30.000,00 não vai atender. Assim seguimos com o de R$7000,00 calibrado RBC e atendendo as especificações da IEC 61672-1 e 3. Ninguém poderá derrubar um laudo pois não há lei para isso.
É um bom argumento Juliano, entretanto, acreditamos que tecnicamente um equipamento aprovado pela IEC 61672-2 é fundamental para garantir que o sonômetro cumpre sua função com qualidade metrológica, sem interferências eletromagnéticas, com boa proteção contra água, com boa performance em frequência e outros requisitos.
Abraços e continue visitando nosso blog e nosso site. Seu comentário é muito importante pra gente.
Já conhece nossos cursos?
Abraços,
Pablo Serrano
CEO do Portal Acústica
Concordo integralmente com o juliano…Ninguém poderá derrubar um laudo pois não há lei para isso. Existe uma minoria, que quer fechar o mercado para eles, como se pode implantar algo, que não pode ser cobrado nem mesmo fiscalizado.
Se não há nenhum equipamento que atenda a IEC 61672-2, como nos respaldamos nos laudos técnicos? Sendo que os órgãos cobram o atendimento a NBR… Coisas de Brasil.
Existem equipamentos que atender à IEC 61672-2 sim, entretanto, são fabricados no exterior e comercializados no Brasil. O que não existe, pelo que sabemos até o momento, é a falta de equipamentos com produção nacional e que atendam na integridade essa norma.
Abraços e continue visitando nosso blog e nosso site. Seu comentário é muito importante pra gente.
Já conhece nossos cursos?
Abraços,
Pablo Serrano
CEO do Portal Acústica
Qual documento se pede para verificar se aparelho “X” atende IEC 61672-2 ou qualquer outra IEC?
Nas lojas falta informação ou são informações não confiáveis.
E como os órgão fiscalizadores saberão que aparelho “x” atende IEC 61672-2?
Olá Maurício, você precisa solicitar o certificado de aprovação de modelo, chamado de CAM, sendo que é um documento emitido por um laboratório internacional acreditado que realiza os ensaios conforme a IEC 61672-2. Há uma lista de equipamentos aprovados pelos laboratórios. Veja mais informações sobre os testes no PTB da Alemanha por exemplo em: https://www.ptb.de/cms/fileadmin/internet/fachabteilungen/abteilung_1/1.6_schall/1.63/merkblatt_ptb_1.63_eng.pdf
Abraços, Pablo Serrano
Boa tarde! O Decibelímetro Digital da ICEL modelo DL-4200 pode ser utilizado na NBR 10151?
Se apresentar o laudo de aprovação de modelo IEC 61672-2 sim. Caso contrário, não.
Bom dia!
o sonomtro BSWA-308 Sonômetro Tipo 1 Digital com filtros de bandas de 1/1 e 1/3 de oitava, atende a noma ?
Oi Rafael, se tiver o certificado de aprovação de modelo IEC 61672-2 atende. Abraço, Pablo
Olá boa tarde! Sou da área de saude e segurança do trabalho, e tenho dosímetros utilizados em mas laudos, posso utilizar também para atendimento da NBR 10152?
Olá, Geovani, tudo bem? Então, para maiores esclarecimentos, consultorias acústicas e dúvidas sobre projetos em geral, entre em contato com o Pablo Serrano Soluções Acústicas através do site: https://pabloserrano.com.br/sitenovo/, ou com o Portal Acústica via whatsapp: (48)99974-6917, será um prazer te ajudar!
Olá! Ainda existe a situação de não termos laboratórios no Brasil que consigam certificar os equipamentos quanto a parte 2 da IEC 61672? Obrigada
Olá, Maria, tudo bem? Então, para maiores esclarecimentos, consultorias acústicas e dúvidas sobre projetos em geral, entre em contato com o Pablo Serrano Soluções Acústicas através do site: https://pabloserrano.com.br/sitenovo/, ou com o Portal Acústica via whatsapp: (48)99974-6917, será um prazer te ajudar!